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CAMPOLIDE À MESA | Sal e Brasas Restaurante Aposta na Qualidade

Fotos: Francisco Melim | Texto: Catarina Peixoto

A STEAK HOUSE SAL E BRASAS É UM PROJETO QUE NASCEU HÁ VINTE E
UM ANOS EM CORUCHE. COMEÇOU COMO UMA BRINCADEIRA ENTRE AMIGOS, MAS ACABOU POR SE TORNAR UMA REFERÊNCIA ENTRE OS AMANTES DA COZINHA TRADICIONAL E DAS CARNES MATURADAS, CRITERIOSAMENTE SELECIONADAS E GRELHADAS EM CARVÃO.

Maria Eduarda e Zé Guerra abriram portas na sua Coruche natal, em 2003, onde o emblema da casa eram as carnes, mais concretamente as carnes maturadas, à altura ainda pouco conhecidas. “Éramos nós que fazíamos a nossa maturação, ou seja, comprávamos os animais vivos, abatíamos no matadouro, a carne ficava lá a maturar e depois íamos buscar.” Este processo de maturação, que consiste na conservação das peças durante determinado período de tempo a uma temperatura acima do ponto de congelamento, faz com que a carne se torne mais macia e aromática. “Para quem é mesmo apreciador de carne, é uma carne com um gosto forte.”.

Tal desvelo com a qualidade da carne rendeu ao casal várias solicitações de clientes para abrir um segundo estabelecimento na zona de Lisboa. Como o cliente “tem sempre razão”, um ano e meio depois o casal abriu as suas segundas portas na Rua das Necessidades, na Estrela, ao mesmo tempo
que o restaurante em Coruche se manteve em funcionamento ainda durante cerca de três anos. Após o seu fecho, Zé Guerra veio trabalhar para junto de Maria Eduarda, que estava encarregue do estabelecimento alfacinha. “As
pessoas começaram a dizer que ele fazia falta, porque ele é que percebia de carne.” Na Rua das Necessidades estiveram cerca de doze anos, até decidirem sair “porque o prédio foi vendido e estava em péssimas condições”.

A steak house chegou, assim, a Campolide, em 2017, abrindo portas a 11 de setembro numa sala luminosa com vidros a toda a largura. A especialidade manteve-se a carne maturada e, hoje em dia, a mesma vem de fora, de Oviedo, já com um determinado grau de maturação, que depois é finalizada no restaurante. “Temos aqui carne com maturação de mais de quarenta dias.” Os pedidos são sempre feitos à carta. “Temos as nossas carnes e temos alguns pratos do dia”, assim como especialidades tradicionais da cozinha portuguesa, entre as quais ganha destaque o cozido à portuguesa, servido entre o final de setembro e o início de abril. Depois de abril, apenas
por encomenda e para um número mínimo de dez pessoas.

As carnes do cozido “são as nossas”, os enchidos vêm do Alentejo e as farinheiras são caseiras, produzidas localmente em Coruche, denotando uma forte aposta nos produtos nacionais. O acompanhamento é composto por arroz de farinheira e grão. Outra especialidade que ganha destaque é o Rabo de Boi, de inspiração sevilhana e, de vez em quando, também confecionam mão de vaca. Apesar de não trabalharem com peixe, pontualmente confecionam “uns miminhos para os clientes”, como jaquinzinhos, açorda de camarão, camarão à guilho ou outros pratos de polvo e bacalhau. Trabalham ainda com borrego e cabrito, igualmente oriundos de produtores nacionais.

Não pode passar sem referência a famosa batata à rodela, frita em óleo de qualidade superior e que sai sempre estaladiça. Já as sobremesas são tanto confecionadas no estabelecimento ou vindas de fora, como o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo ou outros bolos fornecidos pela Teresa Pyrrait, ambos de Campo de Ourique. De referir ainda a excelência da garrafeira de vinhos, que prima tanto pela qualidade como pela quantidade. “Os clientes gostam imenso de cá vir e estar a olhar para os vinhos que estão em exposição”. Em suma, no Sal e Brasas é pedra angular trabalhar com produtos de qualidade. Neste restaurante de excelência nos produtos e no atendimento, poderá levar para casa ou comer no local, fazendo a sua refeição na sala principal ou na esplanada interior, que “no verão é extremamente agradável”. Fica o convite de Maria Eduarda e Zé Guerra: “se quiserem vir experimentar, não sairão desfalcados, com certeza absoluta.”

RESTAURANTE SAL E BRASAS
R. de Campolide, 372, Loja-E
2.ª a 6.ª: 12h00-15h00, 19h30-23h00
Sáb. e feriados: 12h30-15h30, 19h30-23h30
Encerra ao domingo, Páscoa e Dia da Mãe
Telefone: 917 505 313

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