OBRAS | Empreitada de substituição dos passeios com estacionamento automóvel na zona antiga de Campolide

Fotos: Francisco Melim | Texto: Catarina Peixoto

O PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE, MIGUEL BELO MARQUES, A ENGENHEIRA JOANA LOUSADA E O TENENTECORONEL DE ENGENHARIA PEDRO MATIAS APRESENTARAM ESCLARECIMENTOS SOBRE A EMPREITADA DE ALTERAÇÃO DO PAVIMENTO EM VÁRIAS RUAS, VISANDO MELHORAR A SEGURANÇA E ACESSIBILIDADE PARA PEÕES E AUTOMOBILISTAS.

“Isto nasce de um pressuposto que julgo que todos nós concordamos, que é o de que a situação atual não serve”, disse Miguel Belo Marques, perante um auditório composto por moradores interessados, previamente convidados através de comunicados nas caixas de correio, assim como por Cátia Costa, Bruno Gonzalez e Luísa Coimbra, vogais do Executivo.

A sessão de esclarecimento sobre a empreitada de substituição dos passeios com estacionamento automóvel na zona antiga de Campolide começou com a descrição da precária situação atual dos pavimentos na Rua Conde das Antas, Rua Dom Carlos Mascarenhas, Rua Ferreira Chaves, Rua Vieira Lusitano e Calçada dos Mestres.

Os ditos passeios, que têm utilização mista, ou seja, tanto servem para a passagem pedonal, como para o estacionamento de automóveis, estão em avançado estado de degradação, causado pela inadequação da calçada portuguesa para suportar o rodado e as manobras ao estacionar. “Por muito que gostemos da mesma, claramente, não está feita para a utilização que lhe é dada nestas ruas”, frisou Miguel Belo Marques, acrescentando que “a calçada portuguesa não está feita para ter carros em cima.”

Prova disso é uma calçada constantemente destruída, com pedras a monte e buracos que rapidamente passam da zona onde se estacionam as viaturas para a zona onde devem passar os transeuntes. Tendo em conta que a Freguesia tem todo o tipo de peões, desde os mais idosos aos mais novos, com mobilidade reduzida ou com carrinhos de bebé, é necessário que as suas ruas estejam preparadas para a sua circulação.

A Junta de Freguesia propõe uma obra para melhorar os interesses de todos, alterando o pavimento das ruas, tanto na área pedestre, quanto na de estacionamento. O novo projeto visa aumentar a segurança rodoviária e pedonal, trazendo diversas vantagens, sem alterar a capacidade de estacionamento. O objetivo é exclusivamente substituir o pavimento para torná-lo mais acessível e seguro para peões e condutores. O novo material proposto é conhecido como piso holandês, um pavimento muito típico nos Países Baixos.

Tem enorme durabilidade e capacidade de impacto, é construído com uma base de compactação muito maior e é muito menos dado à criação de buracos. Também apresenta uma menor necessidade de intervenção e de manutenção (com custos bastante mais baixos), para além de manter a capacidade de escoamento das águas pluviais, quer pela sua porosidade, como pelas próprias interligações do mesmo. Até mesmo na questão da deservagem, apresenta um melhor desempenho.

Depois da exposição do projeto, foi passada a palavra aos moradores presentes, que se manifestaram e colocaram várias questões, nomeadamente sobre a colocação de pilaretes, sobre o comportamento do pavimento à chuva e aos dejetos dos animais.

“Esta é a solução que nós propomos, é a ideia que temos, mas queremos ouvir também as vossas opiniões”, sublinhou Miguel Belo Marques, salientando a importância da comparência dos moradores no processo de decisão. A Junta de Freguesia irá prosseguir com a apresentação do projeto à Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito dos Contratos de Delegação de Competências, aguardando a resposta sobre a proposta.

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